Entrega de diplomas 2023

Caros finalistas, professores, pais e demais família…
Sejam bem-vindos!
Para um momento de celebração e partilha…
Hoje, dia 12 de julho de 2023, é um dia muito especial para todos os que, das mais variadas formas, contribuíram para o percurso dos finalistas do 9º ano nas Descobertas. Ainda mais no ano em que o externato celebra os seus 50 anos de existência.
Agradeço, em nome da direção, aos professores e restantes colaboradores da equipa Descobertas, aos pais e familiares, por proporcionaram esta caminhada desafiante, enriquecedora e segura.
Juntos somos, claramente, mais fortes… para alcançar os nossos objetivos e estarmos melhor preparados para o amanhã.
Mas aqui chegados…
Desde já, felicito-vos pelos resultados nas Provas Finais externas do 9º ano…
Português:
média de 85,3% (nível 4,31) – nacional 61% (nível 3,1)
PLNM (90%; nível 5)
Matemática:
média de 78,5% (nível 4,06) – nacional 43% (nível 2,15)

Estas Provas fizeram parte de um caminho que se pontuou – entre muitas coisas – pelo vosso trabalho e empenho, mas também pelo nosso – nas várias áreas disciplinares, da responsabilidade de atuais e antigos professores, de todos os nossos colaboradores (nas mais diferentes funções) e, naturalmente, da colaboração das famílias. A Prova tem 90 minutos, mas o trabalho foi o de todos os dias e o resultado não é só um número expresso numa classificação, mas sim aquilo que trará para o futuro: o conhecimento, as competências, a preparação, a estratégia, o método, a valorização do seu próprio trabalho e do trabalho dos outros que estiveram sempre a apoiar (quer professores, quer colegas). Portanto, todo o trabalho para estas Provas, no vosso caso, não serviu só o propósito da aprovação, mas acima de tudo o da preparação para outras que farão no futuro próximo.
Neste âmbito, quero aqui destacar a importância do inexcedível envolvimento da Ângela, da Ana e da Carolina em todos os momentos, a quem quero deixar, em nome da direção, uma mensagem de felicitação muito especial:
A Ângela não pode estar presencialmente connosco (devido à intervenção cirúrgica a que foi submetida ontem), mas estará de outra forma para além de, naturalmente, todos a levarem no seu coração. Quero endereçar-lhe o agradecimento pelo seu profissionalismo, dedicação, amizade e sentido de missão.
A Ana que é uma colaboradora muito especial, que se vem desdobrando entre as funções de assistente operacional e as suas competências para a docência, o que tem tornado possível o acolhimento dos nossos meninos e meninas ucranianos, neste caso, do já crescido Lev. Foi ela que contribuiu para a aprendizagem do PLNM e que assegurou um contacto mais fluído com a mãe.
A Carolina está aqui presente, naturalmente, como mãe, mas também como professora e amiga que em todos os dias das vossas vidas a resgatarão das vossas memórias pelas melhores razões. Quero, em nome da direção, e, julgo de todos os presentes, deixar uma palavra de agradecimento por todo o profissionalismo, envolvimento e amizade que marcaram os cerca de 20 anos que esteve connosco. Agora, que vai abraçar outro projeto, desejamos-lhe as maiores felicidades e peço uma grande salva de palmas para assinalar os nossos votos.
A todas, o nosso grande bem-haja

Agora, o grupo, vocês:
O grupo que, hoje, não está completo – o que lamentamos -, pois gostamos de os ver todos juntos.
A quase totalidade do grupo, veio desde os 3/4 anos:
11 alunos que vêm dos 3 anos;
5 que entraram nos 4 anos;
1 que entrou no 9.º ano. O Lev chegou até nós, em outubro no ano passado, no âmbito de uma situação extraordinária que é do conhecimento de todos e que trouxe muita simpatia, boa disposição e riqueza ao grupo.
Como qualquer equipa/grupo, é necessário também um momento especial para reconhecermos as diferenças entre nós e os outros. Penso que tiveram muito mais do que um momento, tiveram diversos momentos e foram aprendendo a dar tempo a esses momentos. O reconhecimento das diferenças pressupõe saber escutar o outro e por consequência o respeito. De facto, será necessário reconhecer que tudo leva o seu tempo: o que se gasta quando se aprende sobre um conteúdo/competência muito objetivo é mais controlável do que aquele que se gasta a entender o comportamento do Homem (Humanidade) como ser social.

Agora umas palavras para o futuro, com as referências do passado e do presente. Pois, são estas referências das nossas vivências/aprendizagens que nos orientam nas nossas decisões, embora sejam cada vez mais diversificadas e rápidas, de onde que se espera uma recompensa imediata e que nos exige cada vez maior capacidade de resiliência.
As dinâmicas de um percurso de vida, cheio de desafios, alteram-se, recriam-se, interagem, pois todos crescem, embora de formas e ritmos diferentes. Enquanto alunos das Descobertas – onde passaram a maior parte da vossa vida – perceberam que nem tudo é sempre conforme as expetativas criadas, mas isso é na escola como na vida. O evoluir destas dinâmicas é um terreno fértil para o desenvolvimento de diferentes compreensões, de contestações, de críticas, de cumplicidades, mas também de respeito, de confiança e de um crescente desenvolvimento da autoconfiança e da autonomia. Com tudo isto, acreditamos:
Que estarão preparados para enfrentar noutro ambiente, noutro espaço, noutro tempo, com outras pessoas, com outras experiências, com novos desafios.
Que estão preparados para mais do que conhecer muitas coisas, saber colocá-las em contacto umas com as outras.
Que estão preparados e disponíveis para aprender.
Que estão preparados para comunicar com rigor.
Que estão preparados para realmente saber fazer… e fazer muito bem. Como dizia um pintor do séc. XVII (Nicolas Poussin): O que vale a pena ser feito vale a pena ser bem feito.

Agora quero partilhar com todos vós um poema de Alexandre O’Neill:

Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
(…)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Como já é habitual e até conseguir melhor versão com o mesmo significado, permitam-me que termine com estas palavras:
Nós acreditámos e acreditamos em vocês e… vocês acreditaram e confiaram em nós (talvez, por vezes, até com alguma desconfiança – própria dos adolescentes em relação aos adultos).
Nunca desistimos! É assim na vida… é assim no nosso entendimento… é assim na nossa ação…
Portanto, façam as vossas escolhas e agora divirtam-se…
Daqui a pouco iremos continuar a celebrar e a partilhar o momento… lá fora com um brinde…
Disse!
António