História

Funcionava na Avenida Elias Garcia, em Lisboa, um gabinete de Psicologia que, frequentemente, seguia crianças e jovens que, bem dotados intelectualmente, não tinham aproveitamento escolar.

Os pais desafiaram o gabinete a formar ele próprio uma escola que desse resposta adequada a estas situações e, em 1973, cria-se o Externato As Descobertas. O nome era um indicador da ideia fundamental por trás desta escola – a descoberta.

Desde o início, a Diretora do gabinete de Psicologia – Maria Palmira Duarte – Assistente Social e Terapeuta Psicanalítica, tentou trazer para o projeto pedagógico da escola as valências destas vertentes: a escola como uma comunidade, a escola como fator do desenvolvimento de cada aluno, a escola como integradora de crianças e jovens com dificuldades (especialmente emocionais) – educação integrada.

Em 1974, e tendo contactado com uma colega que trouxe dos Estados Unidos da América literatura sobre o método open-classroom, Maria Palmira forneceu estes dados a Deonilde Maria Morais e a João Rangel de Lima (dois professores da escola).

Depressa se constatou que este método concretizaria na perfeição o ideal de descoberta que presidiu à fundação da escola.

Em 1975, estes dois professores deslocaram-se a Nova Iorque e a Washington para, in loco, testemunharem a aplicação do método open-classroom.

De regresso, e perante a falência da empresa (GAIDE) que era proprietária da Escola, decidiram, com os restantes trabalhadores da então secção infantil e primária, separar-se dos outros setores (“ensino especial”, “ciclo” e “secundário”) e entrar em regime de autogestão numa moradia arrendada, situada na Rua Alto do Duque, nº 39, em Lisboa.